Poucas coisas realmente excitantes acontecem em terra firme.
Quando digo terra firme quero dizer a zona de conforto, onde paira o comodismo,
que por diversas vezes repousamos mais tempo do que deveríamos por medo de
arriscar.
Quando damos a cara à tapa, podemos errar feio e ficar
frustrados ou termos sucesso diante de uma boa iniciativa. Agora, se ficarmos
parados, aí com certeza só o marasmo nos permeará.
A acomodação é um mal na vida do ser humano, mas quem nunca
caiu na armadilha de se encostar num emprego, relacionamento ou qualquer outra
situação, com o motivo de que poderia estar pior. Por isso, é preciso ficar
atento para não perdermos nosso precioso tempo achando que por tudo estar
relativamente em ordem, estamos no caminho certo. Muitas vezes quando
despertamos, vemos o quanto de tempo estávamos desperdiçando com algo que não
nos satisfazia. Enfim, o tempo é traiçoeiro.
O equilíbrio é o ideal em todas as circunstâncias na vida, se
você sobe demais, o tombo é maior, por outro lado se desce demais, acaba se
rebaixando, por isso temos que tentar manter a dosagem certa das coisas. Não
que isso seja uma coisa fácil, não é, não somos imunes aos erros, mas temos que
aprender com eles e não insistir nos mesmos, pois aí já é burrice.
Fique louco às vezes, se divirta, se permita, tome um porre,
passe um pouco do limite. Sempre arcando com as consequências, e quando estiver
em terra firme lembre-se que a zona de conforto pode se transformar num
labirinto e o alto mar também pode ser perigoso, então caminhe nas duas zonas
com convicção, fique no raso, mas vá fundo de vez em quando.
David Oaski
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