sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011

É, lá se vai 2011, nesse ano sofri mais do que gozei, aliás acho que com todos é assim né, mas foi tudo muito intenso, como tem sido nos últimos anos. Saí de dois empregos de forma complicada, terminei um relacionamento com uma pessoa que gostei muito, porém por outro lado conheci pessoas bacanas, vivi situações inesquecíveis e o mais importante aprendi.

Aprendi que o amor não se trata de encontrar alguém que se enquadre nas suas exigências, mas sim aceitar a pessoa exatamente da forma que ela é, com defeitos e qualidades, afinal a vida não é novela.

Aprendi também, que nada vale mais a pena do que estar em paz consigo mesmo, status, dinheiro, bens materiais, nada disso se compara a tranquilidade de saber que você fez seu melhor, para você mesmo e não para os olhares da sociedade hipócrita que nos rodeia. Por outro lado, não adianta lutar contra a maré a vida toda, chegou a hora de encarar a realidade da vida adulta, por mais chata e careta que ela seja.

Enfim, espero que 2012 seja melhor que 2011, e que todos esses obstáculos tenham me transformado em alguém melhor, e como diz a música será sempre prazeroso e sofrido enquanto for aprendizado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Wasting Light - Foo Fighters (2011)

Resenha – Wasting Light – Foo Fighters

Após quase quatro anos a banda norte americana Foo Fighters volta com um trabalho de inéditas com um vigor que lembra o início da banda. Lançado em 2007, o bom “Echoes, Silence, Patience and Grace” trazia ótimas faixas como o primeiro hit "The Pretender", porém se mostrava incostante com músicas desnecessárias e que pouco acrescentaram à obra dos caras.Em 2009 a banda lançou seu "Greatest Hits" cheio de sucessos gravados ao longo dos quinze anos de carreira.
Mas, com "Wasting Light" a banda lança talvez o melhor trabalho de sua carreira até aqui, com uma pegada rock crua, como há muito não se via e com seus integrantes mostrando nítida evolução na composição e habilidades.
Vamos analisar o álbum faixa a faixa:
1-"Bridge Burning"
O disco começa com tudo que o fã de Foo Fighters queria nesse período de recesso de lançamentos, com um riff poderoso e um grito do Dave Grohl a faixa mostra a que veio o aguardado disco. Música bem estruturada com o vocal variando o tom e a banda acompanhando de forma competente. Lembra as faixas do ótimo álbum de 2002 "One by One" sem soar repetitivo;
2 - "Rope"
Essa faixa inicia um pouco diferente com um riff mais pausado, como uma música do Nirvana, talvez influência trazida dos tempos de Dave como baterista da banda grunge de Seatle. "Rope" tem um excelente solo executado por Chris Shiflett com maestria pelo que a música se propõe, afinadinho e mega encaixado na melodia;
3 - "Dear Rosemary"
Grande música, essa é talvez a melhor do disco, digo talvez porque ainda não consigo escolher a predileta, deixa o tempo dizer qual vai marcar mais. Trata-se de uma grande canção puxada por um riff grudento e melodia muito marcante, Dave segue cantando muito, sendo impressionante o entrosamento dos caras, Dave Grohl, Nate Mendell, Chris Shiflett e Taylor Hawkins parecem terem nascido pra tocar juntos e, neste disco com a ajuda do retorno do bom Pat Smear, ex Nirvana, que havia tocado no início do próprio Foo;
4 - "White Limo"
Faixa gritada do início ao fim por Grohl que mantém uma certa pegada hardcore no disco, destaque para Taylor que é certamente o melhor baterista do mainstream na atualidade, o cara simplesmente esbagaça a batera, toca muito!;
5 - "Arlandria"
Mais uma canção típica do Foo Fighters, poderia ser confundida com alguma do repertório do "In your Honor", de 2005. Não confunda as citações de músicas de trabalhos anteriores com o fato de eles estarem se repetindo, muito pelo contrário é possível identificar alguns clichê, afinal são os mesmos caras, mas com a pegada e a energia de sempre;
6 - "These days"
Linda balada, os caras gostam de gravar músicas mais lentas, tanto que sempre aparecem versões acústicas para os clássicos, além de gravações em ábuns, como o disco acústico do "In your Honor". Versos bem encaminhados por Dave, a banda seguindo com empenho e uma bela letra, outro detalhe que vale destaque é o fato da banda ter melhorado as letras que deixaram de ter temas fúteis para serem ótimas composições;
7 - "Back and Forth"
Faixa que segue o padrão estrofe cantada, estrofe gritada, mudança de ritmo, refrão e tudo recomeça. Mas quer saber pra que mais?! Acho que é isso que falta no rock mais simplicidade e menos invenção;
8 - "A matter of Time"
Li numa resenha que essa é a pior faixa do disco, julgar gosto é complicado, mas é simplesmente impossível, a música é ótima, rock pra tocar na boate com aquela guitarrinha no fundo acompanhando a música típica do Foo Fighters, grande música, uma das minhas preferidas até agora;
9 - "Miss the Misery"
A música começa com uma harmonia vocal de "ooooohhhhh" muito legal, Taylor segue espancando seu instrumento e a música é um rock excelente, nessa faixa ele cita em alguns versos o título do disco "Wasting Light". Música muito boa que mostra a maturidade atingida pela banda;
10 - "I should have Known"
Faixa mais intimista da banda, mais alternativa creio que também possa dizer, lembra um pouco os clássicos dos anos 70, influência talvez de Led Zeppelin, sabidamente uma das bandas preferidas de Dave Grohl;
11 - "Walk"
Música começa lenta e engrena com alguns segundos, mais um rock simples, talvez a que menos se destaque no disco, o que não faz dela uma música ruim.
Enfim, esse é um disco que tem tudo pra ser a obra prima da carreira do Foo Fighters, uma grande banda contemporânea que mantém o rock vivo na grande mídia e no coração dos fãs do estilo. Agora é esperar o lançamento oficial, bônus, encarte, etc. Se você quer um bom disco de rock, sem frescuras, ouça "Wasting Light" e seja feliz.

Nadal vs. Federer

Ver uma partida de tênis entre os dois tenistas deixou de ser uma coisa chata, rotineira, como outras partidas do esporte, pois simplesmente é incrível, brilhante, espetacular.
O suíço Roger Federer é elegante, técnico hábil, se fizéssemos uma analogia com outro esporte (o meu favorito) o futebol, diria que ele seria o Zidane do tênis, muita classe, não tanta raça, mas muito poder de decisão na base do talento.
Já o espanhol Rafael Nadal é raçudo, busca cada ponto, não desiste nunca, além óbvio de ter muito talento, ainda na analogia ele seria o Tevez, muita raça, não desiste de nenhuma bola e tudo isso aliado à habilidade natural trazida no sangue.
Quando os dois se encontram é digno de cinema, com direito a mudanças repentinas no rumo da história, suspense, drama, até fecharmos com a glória de um dos dois, normalmente de Nadal, que é definitivamente o maior algoz do suíço. É como se o espanhol fosse a kriptonita do suíço, pois como foi dito na ótima transmissão da ESPN Brasil, golpes de Federer que entram em qualquer outro tenista, até mesmo no badalado número dois do mundo Novak Djokovic, não entram no “touro” espanhol. Ele demonstra garra a cada bola e chega em bolas inacreditáveis, além de ser um monstro fisicamente, Nadal é também um monstro no que diz respeito a parte psicológica.
O tenista vindo das terras espanholas simplesmente parece não se desconcentrar, mesmo quando o suíço encaixa golpes no auge do seu talento, seu adversário não se desconcentra e vai buscar no ponto seguinte ou no máximo no game seguinte, dificilmente ele se desestabiliza. Tal fato parece ser o que mais desequilibra o suíço saber que sua bola mais precisa que nunca volta, com o espanhol volta e volta com muita qualidade.
Por isso, acho o talento do suíço quase incomparável, mas Nadal parece ser o antídoto para o veneno da terra dos bons chocolates, Federer mostra no rosto o abatimento e desânimo quando suas bolas não entram, perde o foco e não sabe o que fazer em alguns momentos, vide o início da partida quando ele abriu bons games a frente do espanhol e cedeu ao adversário inabalável do outro lado da rede.
Enfim, Nadal vs. Federer deixou de ser uma partida de tênis e virou um espetáculo, digno até de encantar àqueles que não apreciam o esporte, pois adversários desse nível, que se respeitam, fazendo um duelo de tamanha grandeza é capaz de conquistar qualquer um. Creio que o tênis, ao contrário da maioria dos outros esportes possui uma continuidade no alto nível, pois se alguns anos atrás tínhamos os americanos Pete Sampras, André Agassi, entre outros reinando nas quadras mundo afora, hoje temos Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic, tenistas de um nível igual ou superior aos de qualquer outra época.
Me sinto um privilegiado por ter interesse e poder acompanhar uma partida entre esses dois tenistas.
Viva os grandes espetáculos!!!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Literatura...

A vida às vezes é bastante complicada, temos dias difíceis e bastante estressantes, porém de uns tempos pra cá redescobri o prazer da leitura.
Sempre gostei de ler, mas de uns anos pra cá pus na minha cabeça que leitura era coisa pra velhos e seria perda de tempo ficar lendo livros enquanto poderia estar gastando meu tempo com outras atividades, pensamento tosco, agora vejo.
Como é gostoso ler um bom livro, bem escrito, com boas histórias, você simplesmente esquece o mundo lá fora e se entrega mesmo que momentaneamente àquelas páginas com algumas palavras que juntas formam histórias, que podem ser sensacionais, intrigantes, emocionantes.
Com relação ao pensamento que eu tinha, notei que não preciso deixar de fazer nada que eu gosto para ler um bom livro, pelo contrário, basta saber conciliar, pois com minha rotina atual, há tempo pra tudo.

Graças à Deus, fui flexível o suficiente para mudar minha postura e opinião com relação à literatura, estou me deliciando com esse retorno à leitura.

Em breve recomendarei alguns títulos...


"A verdadeira rebeldia é ser inteligente".


David