Deus permita que eu tenha discernimento, que não me contamine com toda essa
futilidade que inunda minha geração. Que eu não seja raso o suficiente para
querer tchu ou tcha. Permita que eu saiba diferenciar o que é realmente uma
coisa de qualidade ou algo que está sendo imposto pela mídia ou moda pra pagar
de bacana. Que eu jamais queira frequentar lugares que não me dizem nada só pra
pagar de cool. Que tudo que nos rodeia deixe de ser tão superficial. Que as
pessoas se permitam ouvir e não apenas esperarem suas vezes de falar. Que o
mundo se transforme num lugar justo. Que as pessoas olhem para o seu rabo antes
de dizer algo dos outros. Que não alimentem fofoca. Que agradeçam o que tem ao invés
de reclamarem da sorte o tempo inteiro. Que as pessoas tenham mais disposição,
bons argumentos e saibam avaliar seus conceitos e decisões antes de cuspir qualquer
asneira.
E acima de tudo que eu
possa me fortalecer a cada vez que os ignorantes acharem que sou louco.
E que apesar de tudo
isso eu saiba meu lugar, de modo que não sou melhor ou pior que ninguém devido
aos livros que leio, músicas que ouço ou situações que vivo.
E, além disso, que eu
possua serenidade para seguir em frente e não me torne alguém amargurado e
deprimido, sonhando com um mundo fantasioso e utópico.
David Oaski
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