O The Black Keys é uma dupla norte americana, formada pelo
guitarrista e vocalista Dan Auerbach e pelo baterista Patrick Karney, em 2001.
A banda possui sete discos lançados e faz um som muito
competente, muitas vezes rotulado como blues rock, além disso, são comumente
comparados ao White Stripes, devido ao fato de serem uma dupla e não possuírem
um baixista na sua formação original.
Os dois primeiros lançamentos: “The Big Come Up” e “Thickfreakness” foram
gravados de forma independente pela banda, porém tiveram boa repercussão no
cenário underground americano. Já no terceiro álbum, o duo começa a alcançar
maior popularidade e reconhecimento considerável, lançado em 2004, “Rubber
Factory” emplacou músicas em trilhas de filmes e games diversos. Manteve a
constância em “Magic Potion” lançado em 2006, emplacando novos hits e passando
a abrir shows de grandes bandas, como Pearl Jam e Radiohead. Já no quinto
álbum, “Attack & Release”, lançado em 2008, a banda atingiu o 14º lugar na
Billboard 200, mostrando que o cenário underground já não era o suficiente para
o talento da dupla.
A coisa ficou realmente grande, com o lançamento de “Brothers”,
em 2010, ali finalmente o Black Keys firmava seu nome na música atual, hits
como “Next Girl”, “Tighten Up” e “Howlin’ For You” repercutiram bem e tiveram videoclipes
com boa veiculação na MTV, além dos sucessos o álbum é composto somente de
canções excelentes, calcadas no blues, com influências claras de rock clássico,
sem soar datado ou retro, como outras bandas chatíssimas contemporâneas a eles
fazem. Esse disco mostra que uma banda pode beber numa fonte antiga, sem deixar
de soar original e criativa. Vale lembrar, que o disco foi presença certa em
quase todas as listas de melhores álbuns de 2010, tendo em muitas delas,
ocupado o primeiro lugar.
A dupla é muito prolífica e não perdeu tempo, um ano após o
lançamento do ótimo disco citado, lança em 2011 “El Camino”, outro álbum sensacional,
que lançou como primeiro single “Lonely Boy”, seguido pela excelente “Gold On
The Ceiling” e conta novamente com grandes canções. Como no ano anterior, o
disco figura entre os principais do ano de 2011.
O Black Keys vem voando baixo e pedindo passagem a algum
tempo no mundo do rock, porém ainda são rotulados em muitos veículos como indie
rock, cujo significado até hoje não sei ao certo qual é, só sei que indie tem
origem de independente, porém o preconceito em torno desse som é muito grande e
muitos amantes do rock passam longe deste excelente som, devido a um simples
rótulo. Sinceramente, não sei o que é pior, quem se preocupa em rotular ou quem
deixa de ouvir algo por causa disso. Enfim, quem ouvir, dificilmente não irá
gostar.
Vale um destaque também para o guitarrista Dan Auerbach, um
daqueles caras te faz viajar com o som do seu instrumento, é definitivamente um
dos melhores guitarristas do rock atual, ao lado de Josh Homme e Jack White.
Se você ainda não havia ouvido falar no The Black Keys,
pesquise e baixe o disco “Brothers” e verá que nesse caso não é exagero da
imprensa especializada, o som é incrível, criativo e moderno, sem perder a
pegada rock n’ roll da parada. Caso já tenha ouvido falar e virado o nariz,
preste mais atenção, longe das amarras do ouvido e verá que é um som de
altíssima qualidade feito bem diante do nosso nariz, no nosso tempo.
É raro quando ouvimos falar em novidades no mundo da música
notarmos algo realmente novo naquilo, tendo em vista que já apareceram umas
quarenta ‘salvações do rock’, mas nesse caso o termo é totalmente válido, pois o
que esses dois caras fazem é som da mais alta qualidade e sim, é pra tudo isso
mesmo. E antes de achar que é indie, metal, hard ou hardcore, que tal ouvir o
som? Não custa nada e, no máximo, você vai excluir o arquivo ou quem sabe
ganhar uma grande dose de diversão com um novo som.
David Oaski
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