quinta-feira, 14 de março de 2013

A FIGURA: JAMES HETFIELD



Mais uma sessão no blog, em que falaremos sobre uma figura marcante da música, cinema, literatura e cultura pop de um modo geral.

Começamos então com James Hetfield, frontman, vocalista e guitarrista de uma das maiores bandas de todos os tempos, o Metallica.

Imagem atual de James
James Alan Hetfield, hoje com 49 anos, possui uma carreira brilhante junto a maior banda de heavy metal de todos os tempos, mas possui uma biografia conturbada, pois como ele gosta de dizer o ciclo de sua vida é ficar bem, ficar deprimido, se recuperar e assim segue.
James teve seu primeiro contato com música em 1972, quando com 9 anos, começou a fazer aulas de piano, porém logo em seguida demonstraria mais interesse pela música pesada, migrando dessa forma para bateria e depois para guitarra, sendo muito influenciado por bandas de hard rock da sua época de criança e adolescente, como Black Sabbath, Motorhead e Aerosmith.

Desde muito cedo, Hetfield percebeu que seu caminho não poderia ser outro senão a música e teve algumas bandas antes de formar o Metallica, porém sem grandes êxitos. No entanto ainda bem jovem, em 1981, aos 18 anos, ao responder um anúncio de jornal de uma baterista chamado Lars Ulrich, em que o mesmo recrutava músicos para uma jam de heavy metal, sua vida mudaria.
Na época do Black Album

Daí em diante sabemos a história, são 9 discos de estúdio, incluindo os clássicos “Metallica” (Black Album) e “Master of Puppets” e algumas das histórias mais emblemáticas do mundo do rock, como a eterna treta com Dave Mustaine; a morte do baixista Cliff Burton num acidente de ônibus no meio de uma turnê europeia; a briga com o Napster nos anos 90; e tantos outros fatos que marcam as mais de três décadas de atividade da banda.

Bem jovem, no início da banda
Na sua vida pessoal, James teve alguns momentos conturbados como a perda da sua mãe, que morreu de câncer por não aceitar o tratamento medicinal confiando na força divina, o que causou sérios problemas emocionais em James, o que influenciou em diversas letras da banda, como na performance emocionante de “Nothing Else Matters” e “The God That Failed”. Além disso, James também teve sérios problemas com alcoolismo, cujo parte do tratamento chega a ser mostrado no documentário “Some Kind Of Monster”. James, hoje um coroa mais sossegado, é casado com a argentina Francesca Hetfield, com quem tem três filhos.

Sempre admirei James por ele não fazer parte daquele grupo de vocalistas espalhafatosos, optando por uma apresentação mais correta, executando com maestria única sua guitarra base, que já garantiu a ele algumas vezes o título de um dos melhores guitarristas do metal, nunca deixando de lado a energia e interação com o público, porém como um cara normal e não uma galinha no cio.

A figura de James me remete a um tempo em que roqueiros eram caras legais e inteligentes e não nerds arrogantes que se acham donos da verdade. Um dos meus heróis no rock, ele consegue unir na dose certa talento, carisma e agressividade, com canções e performances históricas que alimentam a alma daqueles que amam música feita com o coração.



David Oaski





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