Mais uma sessão no blog, em que falaremos sobre uma figura
marcante da música, cinema, literatura e cultura pop de um modo geral.
Começamos então com James Hetfield, frontman, vocalista e
guitarrista de uma das maiores bandas de todos os tempos, o Metallica.
Imagem atual de James |
James Alan Hetfield, hoje com 49 anos, possui uma carreira
brilhante junto a maior banda de heavy metal de todos os tempos, mas possui uma
biografia conturbada, pois como ele gosta de dizer o ciclo de sua vida é ficar
bem, ficar deprimido, se recuperar e assim segue.
James teve seu primeiro contato com música em 1972, quando
com 9 anos, começou a fazer aulas de piano, porém logo em seguida demonstraria
mais interesse pela música pesada, migrando dessa forma para bateria e depois
para guitarra, sendo muito influenciado por bandas de hard rock da sua época de
criança e adolescente, como Black Sabbath, Motorhead e Aerosmith.
Desde muito cedo, Hetfield percebeu que seu caminho não
poderia ser outro senão a música e teve algumas bandas antes de formar o
Metallica, porém sem grandes êxitos. No entanto ainda bem jovem, em 1981, aos
18 anos, ao responder um anúncio de jornal de uma baterista chamado Lars
Ulrich, em que o mesmo recrutava músicos para uma jam de heavy metal, sua vida
mudaria.
Na época do Black Album |
Daí em diante sabemos a história, são 9 discos de estúdio,
incluindo os clássicos “Metallica” (Black Album) e “Master of Puppets” e
algumas das histórias mais emblemáticas do mundo do rock, como a eterna treta
com Dave Mustaine; a morte do baixista Cliff Burton num acidente de ônibus no
meio de uma turnê europeia; a briga com o Napster nos anos 90; e tantos outros
fatos que marcam as mais de três décadas de atividade da banda.
Bem jovem, no início da banda |
Na sua vida pessoal, James teve alguns momentos conturbados
como a perda da sua mãe, que morreu de câncer por não aceitar o tratamento
medicinal confiando na força divina, o que causou sérios problemas emocionais
em James, o que influenciou em diversas letras da banda, como na performance
emocionante de “Nothing Else Matters” e “The God That Failed”. Além disso,
James também teve sérios problemas com alcoolismo, cujo parte do tratamento
chega a ser mostrado no documentário “Some Kind Of Monster”. James, hoje um
coroa mais sossegado, é casado com a argentina Francesca Hetfield, com quem tem
três filhos.
Sempre admirei James por ele não fazer parte daquele grupo de
vocalistas espalhafatosos, optando por uma apresentação mais correta,
executando com maestria única sua guitarra base, que já garantiu a ele algumas
vezes o título de um dos melhores guitarristas do metal, nunca deixando de lado
a energia e interação com o público, porém como um cara normal e não uma
galinha no cio.
A figura de James me remete a um tempo em que roqueiros eram
caras legais e inteligentes e não nerds arrogantes que se acham donos da
verdade. Um dos meus heróis no rock, ele consegue unir na dose certa talento,
carisma e agressividade, com canções e performances históricas que alimentam a
alma daqueles que amam música feita com o coração.
David Oaski
Nenhum comentário:
Postar um comentário