Não é preciso conhecer a fundo a história do UFC para saber
que sua ascensão está diretamente ligada a um ótimo trabalho de marketing
elaborado por Dana White, seus sócios e sua equipe. Daí surgir à questão do
quanto a derrota do brasileiro Anderson Silva no evento de sábado não está
associado a mais um golpe de mestre desse evento que cresceu substancialmente
nos últimos anos.
Pra quem não assistiu a luta, Silva foi derrotado por Chris
Weidman, no UFC 162, no segundo round após provocar continuamente o adversário,
o estimulando a golpeá-lo na cara e baixando a guarda, como o brasileiro sempre
faz, diga-se de passagem. Porém, numa das provocações de guarda baixa, Chris
acertou um direto no queixo de Anderson que caiu ‘desligado’, dando a vitória
ao americano.
Silva perde a hegemonia |
A repercussão da luta foi imensa, gerando diversos debates na
Internet em fóruns e redes sociais, sendo que muitos falam que a derrota foi
merecida devido à atitude prepotente do brasileiro diante de seus adversários e
o que gerou o knock out foi o excesso de confiança; outros acham que Anderson
cansou da pressão de defender o cinturão (já o defende há nove anos) e resolveu
largar o trono; já outros como este que vos fala, acham que a derrota trata-se
de mais uma tacada de mestre do Marketing de Dana White e seus blue caps.
Ressalto que é tudo teoria da conspiração, não tenho nada que
prove minha tese, mas é notável a infinidade de possibilidades que a derrota do
brasileiro abre para o evento. Agora Anderson pode pedir uma revanche contra
Weidman, já este terá lutas muito mais concorridas já que se tornou o campeão,
além de outras infinitas combinações (já se fala em Belfort desafiando o
americano). Além disso, a hegemonia não é interessante pra nenhuma categoria
esportiva, já que o interesse na competitividade da coisa tende a diminuir com
o tempo.
Enfim, provavelmente nunca saberemos se alguma dessas teorias
faz ou não sentido, mas sem dúvida alguma a engrenagem do UFC vai capitalizar
esta derrota em algo muito maior. Vejamos os próximos capítulos.
David Oaski
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