Essa semana surgiu uma polêmica em torno dos artistas mais
badalados do sertanejo universitário. Foi divulgado pelo colunista Léo Dias, do
Jornal O Dia, um esquema em torno dos videoclipes de artistas como Luan Santana
e Gustavo Lima, em que um agente é contratado para fazer bombar o número de
visualizações nos canais de Youtube dos músicos.
Além disso, também já ouvi falar de ferramentas que são
comumente utilizadas por artistas em que seu número de curtidas (Facebook) ou
seguidores (Twitter) são alavancados de forma totalmente artificial. Realmente
não é difícil acreditar nesse tipo de coisa, afinal quem nunca notou que havia
uma página que você nunca havia curtido em meio às atualizações de seu perfil
em redes sociais.
A notícia foi divulgada como um escândalo, porém não fico
surpreso com esse tipo de ação. Só alienados não percebem o quanto somos
bombardeados de informações fúteis, música sem conteúdo, filmes vazios e
seguimos como essa massa burra que é muito mais interessante para as
autoridades e governantes. Lembremos, o Brasil é o país do Carnaval.
Na minha visão, um esquema desses pode até influenciar o
gosto popular, mas o que mais me assusta é o comportamento dos indivíduos. Esse
modo de pensar de só gostar do que todos gostam para ficar “in” com a moda dá
náuseas.
A grande questão que fica após ler a notícia não são os
melindros dos empresários dos artistas que, diga-se, acontecem desde sempre
através dos jabás, o que surpreende é que o povão siga gostando de estilos
musicais sem conteúdo e engole cada nova moda da estação sem pestanejar. O
vídeo pode ter 10.000.000 de acessos que eu nem ficarei sabendo, no entanto a
verdade é que as pessoas realmente vão atrás dessas porcarias.
O pensamento (se é que pensam) é o seguinte: “Tá tocando,
então foda-se, vamos curtir”. E os governantes seguem curtindo com a nossa
cara.
David Oaski
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