sexta-feira, 7 de junho de 2013

FARSA POPULAR


Essa semana surgiu uma polêmica em torno dos artistas mais badalados do sertanejo universitário. Foi divulgado pelo colunista Léo Dias, do Jornal O Dia, um esquema em torno dos videoclipes de artistas como Luan Santana e Gustavo Lima, em que um agente é contratado para fazer bombar o número de visualizações nos canais de Youtube dos músicos.

Além disso, também já ouvi falar de ferramentas que são comumente utilizadas por artistas em que seu número de curtidas (Facebook) ou seguidores (Twitter) são alavancados de forma totalmente artificial. Realmente não é difícil acreditar nesse tipo de coisa, afinal quem nunca notou que havia uma página que você nunca havia curtido em meio às atualizações de seu perfil em redes sociais.

A notícia foi divulgada como um escândalo, porém não fico surpreso com esse tipo de ação. Só alienados não percebem o quanto somos bombardeados de informações fúteis, música sem conteúdo, filmes vazios e seguimos como essa massa burra que é muito mais interessante para as autoridades e governantes. Lembremos, o Brasil é o país do Carnaval.

Na minha visão, um esquema desses pode até influenciar o gosto popular, mas o que mais me assusta é o comportamento dos indivíduos. Esse modo de pensar de só gostar do que todos gostam para ficar “in” com a moda dá náuseas.

A grande questão que fica após ler a notícia não são os melindros dos empresários dos artistas que, diga-se, acontecem desde sempre através dos jabás, o que surpreende é que o povão siga gostando de estilos musicais sem conteúdo e engole cada nova moda da estação sem pestanejar. O vídeo pode ter 10.000.000 de acessos que eu nem ficarei sabendo, no entanto a verdade é que as pessoas realmente vão atrás dessas porcarias.

O pensamento (se é que pensam) é o seguinte: “Tá tocando, então foda-se, vamos curtir”. E os governantes seguem curtindo com a nossa cara.


David Oaski


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