Nota: 8,0
Lançado em 2011, “O Preço do Amanhã” (título original In
Time) estrelado por Justin Timberlake e Amanda Seyfried se passa no futuro, num
mundo em que a moeda financeira é o tempo e não mais dólares, reais ou euros.
Cada indivíduo nasce com um marcador inserido em seu pulso que dispara quando
cada um completa 25 anos. A partir desse momento a contagem é regressiva, de
modo que os ricos se mantém e chegam a viver centenas de anos, enquanto os
pobres trabalham a troco de remunerações miseráveis sempre recebendo quantias
mínimas de tempo para se manterem vivos ou ainda são largados à marginalidade,
roubando ou mendigando por tempo. Os pagamentos são feitos através de um
aparelho que coleta o tempo, mas também podem ser transferidos de uma pessoa
para outra, basta segurar o pulso de outrem que a transferência é feita.
Will Salas (Timberlake) é um membro da classe operária que
conta com não mais que um dia para sobreviver, porém ele se mostra muito
incomodado com o sistema que o mundo se encontra, com tamanhas desigualdades de
classes e explorações contínuas dos mais pobres.
Uma das muitas cenas em que os protagonistas aparecem correndo |
A história se desenvolve a partir de um encontro de Will com
Henry Hamilton (Matthew Bommer) num bar, onde o mesmo é tratado como rei,
rodeado por mulheres e pagando drinks a todos. Henry possui mais de um século,
o que o torna milionário numa sociedade em que o tempo é a moeda. Diante de
tanta ostentação, entra em cena os “Minute Men”, que formam um grupo de
guardiões do tempo (algo equivalente à polícia no nosso mundo), um dos membros
desse grupo é corrupto e quer tomar o tempo de Henry, porém num ato de coragem
Will entra em cena e salva o rapaz.
Durante a fuga, após despistar os minute, Salas invade um
galpão para se refugiarem durante a noite. Ao abordar Henry sobre o porque de
tanta ostentação seguida de passividade diante dos policiais, ele se mostra
deprimido, questionando a posse de tanto tempo, diante dos mais de 100 anos que
ele já tinha. Ele queria morrer. Ao despertar Will nota que possui todo o tempo
de Henry consigo e vê o mesmo pela janela na mureta de uma ponte, prestes a se
jogar. O tempo de Henry se esgota e ele cai da ponte, Will não chega a tempo de
salvá-lo.
Com a morte de sua mãe, causada por um aumento na tarifa de
ônibus – ela morre nos braços do filho que corria em seu encontro – Will mesmo
com todo tempo que possui nada pôde fazer para ajuda-la, pois o tempo dela se
esgotou pouco antes deles se encontrarem. Inconformado e procurado pelos minute
men, Salas resolve viajar para Greenwich, uma metrópole, povoada pela alta
classe.
Após longa viagem em que as passagens são cobradas em
barreiras como pedágios, Will se hospeda num hotel caríssimo e procura um
cassino. Lá aposta com Phillippe Weis de quem ganha um valor alto, num jogo de
muito risco em que lhe sobram poucos segundos na mesa. Will flerta com a filha
de Philippe, Sylvia Weis (Amanda) que o convida para uma festa na mansão da
família, com o pretexto de seu pai recuperar o tempo perdido em novas apostas.
Durante a festa na mansão, Will é autuado pelos minute men e
foge sequestrando Sylvia. Ele resolve cobrar resgate do pai de Sylvia, que se
recusa a pagar. Após muita hesitação e revolta de Sylvia eles passam a ter um
affair enquanto fogem.
A trama se desenrola até Will e Sylvia bolarem um plano para
roubarem um milhão de anos de seu pai, para isso eles invadem a empresa dele e
roubam seu cofre, distribuindo o tempo na periferia onde Will mora.
Considerações Finais
Notam-se vários paralelos entre o mundo em que a trama se
desenrola e o mundo real, em que vivemos. A loucura em busca de dinheiro o
tempo todo, a correria pra todo lado e, claro, as enormes desigualdades
sociais, onde os ricos vivem centenas de anos e os pobres têm de lutar pra
sobreviver mais um dia.
O elenco é bom, mesmo não achando Justin Timberlake tão
talentoso como ator como dizem, ele dá conta do recado, cercado por atuações
competentes de Amanda, Cillian Murphy e Alex Petyfer.
Diante do marasmo do cinema atual, que ou lança blockbusters
que se consolidam pelo visual repleto de explosões e feitos impossíveis; ou
lança filmes conceituais sem pé nem cabeça; é muito bom ver um enredo criativo
e original como o de In Time, pois além de entreter nos desperta a pensar sobre
questões mundanas que afligem nossa sociedade.
David Oaski
vlew.
ResponderExcluirGostei da reflexão o filme me fez lembrar: "O admirável mundo novo" (escrito em 1932), sim Karl Marx tem tudo a ver!
ResponderExcluirGostei da reflexão o filme me fez lembrar: "O admirável mundo novo" (escrito em 1932), sim Karl Marx tem tudo a ver!
ResponderExcluirgastei de tudo do filme adorei
ResponderExcluiro filme é otimo
ResponderExcluirBuceta
ResponderExcluirpiroca
Excluirxereca
ExcluirSim gostei muito do filme, não é muito diferente do que vivemos nos dias atuais,
ResponderExcluirSim gostei muito do filme, não é muito diferente do que vivemos nos dias atuais,
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNuma resenha, não se deve contar o final, como foi feito aqui e nem dar spoilers, coisa que aconteceu também.
ResponderExcluirO filme é uma bosta
ResponderExcluirbosta é seu cérebro de mortadela.
Excluirbom filme
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirBom Miriam
ResponderExcluirFilme maravilhoso, a realidade em quer vivemos numa sociedade egoísta, que roubam descaradamente....
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