segunda-feira, 4 de junho de 2012

A ARTE PERDIDA DE SE MANTER EM SILÊNCIO



Bom, todos agora querem falar, depois de décadas de censura e repressão, todo mundo quer ser o dono da razão, ter a última palavra. A síndrome de protagonismo invade a sociedade sem pedir licença.

Por vezes prolixas, por vezes como papagaios reproduzindo conceitos vistos na internet, TV ou que roubaram de alguma revista de fofoca, ou até mesmo falando por falar, só pra participar da conversa, as pessoas tem necessidade de botar seu bedelho em tudo. Diversas vezes me pego perguntando a mim mesmo o que esse cara / mina tanto fala??? E, na maioria das vezes chego à conclusão que trata-se de uma necessidade de aparecer do individuo, possivelmente mal resolvido com sua personalidade.

É óbvio que se deve expressar, ninguém quer uma nação de mudos, mas é esse o ponto, quando é pra falar pra reivindicar algo importante, pra lutar pelos direitos dos cidadãos, pra colaborar de alguma forma para com a sociedade ninguém abre a boca.

Temos nos esquecido que o silêncio também é uma forma de expressão, por muitas vezes tão eficaz quanto uma longa discussão ou frases feitas copiadas de murais alheios de redes sociais. Gasta-se muito tempo fazendo fofocas, inventando intrigas e impondo opiniões quando o tempo poderia ser gasto de outra forma mais útil, lendo um livro, ouvindo um som ou fazendo uma pesquisa para melhorar seus argumentos diante de uma discussão.

Se for entrar numa discussão, entre para acrescentar, não pra tumultuar, se for falar sem pensar, lembre-se que é uma mão única e assuma as consequências desse ato e, se quiser falar merda não use meu ouvido como penico.



Recomendo esse som:





David Oaski

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