segunda-feira, 14 de maio de 2012

INCUBUS


O Incubus é uma banda oriunda dos Estados Unidos, formada em 1.990, formada por Brandon Boyd (vocais), Mike Einziger (guitarra), Bem Kenney (baixo), Jose Pasillas (bateria) e o DJ Chris Kilmore (piano e pick-ups).

A banda começou as atividades no início dos anos 90, tocando na escola, fazendo covers de metal, porém após alguns anos resolveram investir em músicas próprias, seguindo a onda das bandas que faziam sucesso na época, tais como Red Hot Chili Peppers, Faith No More e Jane’s Addiction.

O primeiro álbum foi lançado em 1995, “Fungus Amongus”, traz um som alternativo, com amostras do que seria nomeado na época, como ‘new metal’, porém as canções já demonstravam principalmente o talento dos músicos e que a química da banda fluía de forma brilhante.

Já no segundo álbum, “S.C.I.E.N.C.E.”, lançado em 1997, já possui os primeiros sucessos radiofônicos e clipes com boa veiculação na MTV, em ‘A certain shade of green’ e ‘New skin’. Este disco ainda mostra um Incubus se alinhando, buscando sua identidade sonora, com diversas experimentações, incluindo flertes com hip hop (a banda sempre teve um dj na formação original), metal, música pop, características que marcariam definitivamente a carreira da banda.

Mantendo o intervalo de dois anos entre os lançamentos, é lançado em 1999, o disco que finalmente traria reconhecimento mundial e grande sucesso ao Incubus, “Make Yourself” vendeu milhões de cópias e mostrou uma banda com um som mais refinado e, de certa forma, mais acessível, sem deixar de lado, as influências pesadas dos discos anteriores. Faixas como ‘Stellar’, ‘Pardon me’ e, principalmente ‘Drive’, foram executadas á exaustão e os videoclipes lideraram as paradas na MTV em todo o mundo. As músicas citadas podem ser identificadas em várias trilhas sonoras de games e realmente marcaram época, e podem, facilmente, ser citadas como clássicos do fim da década de noventa.

Em 2001, a banda lança o quarto álbum, mantendo o alto nível do álbum anterior, com o ótimo “Morning View”, talvez o álbum mais cultuado na carreira da banda. Neste disco, o apelo pop fica mais evidente, inclusive superando em vendas seu antecessor, marca difícil de ser alcançada, já que após o sucesso de “Make Yourself” muitos questionavam se a banda conseguiria manter o nível na qualidade das canções e nas vendas de discos. Hits como ‘Wish you were here’, ‘Nice to know you’ e ‘Are you in’ mantiveram a banda na mídia, com altissima aceitação da banda diante do público do rock. Nessa época, a banda se apresentava sempre com destaque no line-up dos principais festivais da época, como Lolapalooza, Ozzfest, Coachela e outros.

Três anos depois, em 2004, o grupo lança “A Crow Left of the Murder...”, disco que muda um pouco a estética e estilo de som da banda em relação aos discos anteriores, o álbum traz um lirismo mais denso em alguns momentos, como em ‘Priceless’ ou “Zee Deevel”, além disso, o trabalho traz um amadurecimento da banda, com letras mais trabalhadas e fortes questionamentos à sociedade moderna, como em ‘Talk shows on mute’ e ‘Megalomaniac’, esta última tendo inclusive um belo videoclipe, direcionado claramente ao governo Bush. O disco, apesar das mudanças, não deixa de lado o pop radiofônico que marca a carreira da banda, isso pode ser visto em menor número, mas em ‘Southern girl’ e Made for TV movie’ a banda deixa claro que o pop nunca saiu da essência do som da banda. Em relação a vendagem, o disco não foi tão bem quanto seus anteriores, até pelo mau momento vivido pela indústria fonográfica no início da década de 2000.

Em 2006, a banda lança seu sexto trabalho de estúdio, “Light Grenades” mantem o alto nível na sonoridade do grupo, sempre diversificando as influências e mesclando as sonoridades, novamente é visto um pouco de tudo no trabalho do grupo, com baladas, rock, new metal e até uma certa psicodelia em alguns momentos. Um detalhe interessante é que o álbum foi o primeiro da banda a atingir o nº 1 da Billboard, porém nem de longe as vendas se comparam a “Make Yourself” e “Morning View”.

Após longo hiato, o maior da carreira da banda (que sempre se mostrou muito ativa nos estúdios), em 2011, é lançado “If Not Now, When?”, retorno em grande estilo da banda que não apresenta nada de novo, o que mesmo assim, se tratando de Incubus, não é nem de longe uma coisa ruim. Recheado de possíveis singles e com ótima aceitação do público, com ótimas vendas no Japão e nos Estados Unidos, este é o último registro em estúdio da banda até o momento.

Vale muito a pena conhecer a obra dessa banda maravilhosa, pois pra quem ama e é apaixonado por música, o que traz mais satisfação é ver como uma banda pode ser criativa, competente e trazer um som honesto, trazendo ótimos discos, com pitada pop e diversidade musical na medida certa. Tenho a impressão de que o tempo não tem sido muito justo com o Incubus, pois a banda vem sendo pouco lembrada nos dias de hoje, porém o trabalho deles é muito rico e interessante, seus álbuns sempre trazem um algo mais, se mostrando indispensáveis pra quem gosta de boa música, sem preconceitos ou amarras musicais.



David Tadeu Oaski










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