sexta-feira, 15 de março de 2013

ME APEDREJEM, MAS EU GOSTO DE CREED



Seguindo a sessão que começou semana passada com o Nickelback, dessa vez falo do Creed, banda norte americana, formada em 1995, por Scott Stapp (vocal), Mark Tremonti (guitarra), Scott Phillips (bateria) e Brian Marshall (baixo).

A banda tem seu som calcado no hard rock e que foi denominado à época como pós grunge, devido a forte influência das bandas de Seattle do começo da década de 90. Porém as influencias da banda vão além, como por exemplo U2, cujo vocalista Scott Stapp já se declarou ser muito fã.

Desde seu primeiro álbum: “My Own Prison”, lançado em 1997, a banda alcançou sucesso comercial, chegando à posição 22 das paradas da Billboard. O disco contem excelentes canções como a faixa título, “What’s This Life For” e “Torn”, essa última que lembra muito os melhores momentos do Alice In Chains.

O sucesso seria maior ainda com o segundo álbum “Human Clay”, de 1999, que continha a pesada “What If” e as clássicas “With Arms Wide Open” e “Higher”. Dessa vez a banda ocuparia o número 1 da Billboard e faturaria um prêmio Grammy.

Com “Weathered”, de 2001, a banda se manteria no topo absoluto da música mundial, sendo que os hits “My Sacrifice”, “One Last Breath” e “Don’t Stop Dancing” não saiam das paradas de rádios e tvs ao redor do mundo.

Após o ápice, chegando a vender 50 milhões de cópias, a banda passou por um declínio, que incluía problemas com drogas por parte de Scott e desentendimentos entre os integrantes. A banda resolve então fazer uma pausa sem previsão de retorno em 2004. Essa pausa deu origem a uma carreira solo pouco produtiva de Scott e os integrantes remanescentes formaram o instável Alter Bridge com Myles Kennedy no vocal.

A banda se entenderia e retornaria somente em 2009, com o álbum “Full Circle”, que recolocou os americanos no topo das paradas com canções características da banda como “Overcome” e “Rain”. Essa reunião resultou também no único registro ao vivo da banda, o “Live In Houston”.

Por ter feito muito sucesso numa época que o rock estava em baixa, muita gente torce a cara ao ouvir falar em Creed, provavelmente confundindo as coisas, hábito que os roqueiros tradicionalistas têm. Não é porque a banda vendeu milhões de cópias que ela é um lixo comercial sem nenhum predicado. O Creed tinha sim músicas voltadas à rádios e Mtv, porém em seus álbuns havia espaço para tudo e fazia isso com muita competência.

Sempre achei Mark Tremonti um baita guitarrista, com um timbre que pode ser reconhecido num simples acorde; Scott também é um vocalista correto, apesar de se comportar como um ator mexicano em alguns momentos, além disso as comparações com Eddie sempre me soaram absurdas, cada um tem seu estilo; a cozinha também sempre foi muito competente, segurando a bronca das melodias pesadas e mais amenas.

Não, o Creed não é minha banda favorita, longe disso. Mas vejo muitos méritos nessa que foi uma das últimas bandas de rock a conseguirem se expandir ao mundo do pop. Resumindo, a banda não é melhor que nenhuma das oriundas de Seattle, mas nem por isso é uma porcaria, pelo contrário, sua discografia é muito consistente e sua carreira possui muitos pontos altos.



David Oaski

2 comentários:

  1. Ah, muitos gostam! Eu já tive simpatia, se é que posso chamar assim, mas por aquela mais tocada que esqueci o nome. rs Não me pergunte discografia ou nome dos integrantes, mas uma ou música eu conheço. ;)

    Como sempre, belo texto, bem informativo.

    Abraços.

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