segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

RESENHA: ELYSIUM


Nota: 7,5

Elysium é um filme norte americano de ficção científica, lançado em 2013, dirigido por Neil Blomkamp, estrelado por Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Wagner Moura e Alice Braga.

Num futuro não tão distante (ano de 2.154), fugindo da poluição e da superpopulação, a casta mais abastada da população mundial vai morar numa comunidade fora da Terra, chamada Elysium. A Terra por sua vez está cada vez mais abandonada, repleta de periferias, violência e um sistema policial ocupado por robôs que agem de forma extremamente violenta e intolerante.
Bela porta de entrada de Wagner Moura para Hollywood

Da Terra é possível ver Elysium, assim como a Lua, porém maior que nosso satélite natural. Todos sonham com uma maneira de adentrar a comunidade, que possui condições de vida infinitamente melhores. No entanto, a passagem para a comunidade é caríssima e mesmo existindo diversas tentativas de invasão através da clandestinidade, a permanência no lugar por esses meios se mostra quase impossível, com as autoridades limando de volta qualquer um que tente invadir seu paraíso.

Dessa vez como vilão, Sharlto Copley
Max (Damon) trabalha numa indústria que explora seus funcionários e um dia no caminho do trabalho após tratar um policial robô com sarcasmo fratura o braço com uma cacetada, chegando ao hospital encontra Frey (Alice Braga), enfermeira, amiga de infância que ele não via há anos, os dois marcam um encontro. Porém Max sofre um acidente no seu trabalho e é exposto à radiação, diante a total indiferença de seus empregadores ele é liberado para ir pra casa, tendo somente mais alguns dias de vida.

Max, debilitado e desesperado, recorre a Spider (Moura) um hacker malucão que comanda um esquema de viagens ilegais para Elysium. A intenção de Max era ir à comunidade que possui um aparelho chamado cama de recuperação que cura qualquer doença em poucos segundos. Spider aceita dar a passagem à Max desde que ele o ajude com uma missão: transferir os dados da mente de um magnata para si próprio, a fim de ter acesso a senhas, logins e dados preciosos para poder e fortuna. É curioso notar que os pen drives da época são as próprias cabeças dos seres humanos, que carregam consigo as informações que desejam guardar. Max então implanta em suas costas uma espécie de armadura que o auxiliaria na missão.

Junto a uma equipe, Max consegue realizar a missão, mesmo aparentemente corrompendo os arquivos e matando o alvo em questão, que não por acaso era o dono da indústria em que ele trabalhava. Os dados do magnata eram por algum motivo de suma importância para os governantes de Elysium e Spider logo descobre que trata-se de toda configuração de acesso e controle da comunidade, podendo dar o poder a quem conseguisse acessar os arquivos de redefinir todo o esquema de ocupação e atendimento de Elysium. Logo a intenção de todos é ajudar quem mais necessitava na Terra.

Matt Damon como Max lutando pela vida
Mesmo conseguindo realizar a tarefa, Max perde sua equipe e fica bastante ferido, indo procurar a ajuda de Frey, que o leva pra casa e presta socorro ao amigo de infância. Ela desabafa que a filha está muito doente, estágio final de leucemia e precisa que Max a leve com ele para Elysium, Max se recusa e segue seu caminho até o laboratório de Spider, porém um agente inativo de Elysium que está na Terra, chamado Kruger (Copley) vai até a casa de Frey, a pedido da forte e impetuosa figura da secretária de defesa Jessica (Foster), e a rapta junto com sua filha.

Notando o valor do que carregava consigo e vendo que ele era quisto vivo, resolve negociar sua ida à Elysium em troca dos dados, porém lá chegando o agente Kruger se rebela contra os próprios governantes e resolve tomar para si os dados, a fim de se tornar o novo gestor Elysium, matando inclusive Jessica.

A ação toma conta do contexto, com Max vencendo o agente e se sacrificando, a fim de salvar sua amada e a filha dela e permitindo que Spider tomasse o controle do sistema de vez, redefinindo de imediato o sistema de acesso à Elysium e seu excelente atendimento médico.

Considerações Finais

Dos blockbuster que assisti em 2013, Elysium é certamente o melhor. Diverte ao ponto certo, não é arrastado como os filmes que a crítica adora exaltar, possui ótimo elenco dando espaço aos talentosos brasileiros e o que considero mais importante, o filme consegue emplacar algumas metáforas sociais com muita competência.

Afinal, os pobres mirando alcançar um ideal de status aparentemente inatingível; as viagens clandestinas; os serviços de qualidade somente pra quem pode pagar; os ricos fazendo de tudo para não ter de conviver com pobres. É tudo exatamente igual ao que acontece na realidade, com condomínios fechados, sistema de saúde particular ou até mesmo um país de primeiro mundo.

Outro grande filme do diretor Neil Blomkamp, o mesmo de Distrito 9, que consegue mais uma vez dosar crítica social e entretenimento, com doses potentes de ação e pirotecnia e conteúdo embutido neste belo pacote. Quem dera todos diretores fossem assim.


David Oaski





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