Nota: 8,5
Ao ler uma matéria a cerca de um mês na Rolling Stone Brasil
sobre a excelente trajetória de Tom Hanks nos anos 90, começando com “Filadélfia”
e terminando com “A Espera de um Milagre” criei uma curiosidade por alguns dos
filmes que ainda não havia assistido, e o primeiro que busquei foi Filadélfia.
O filme lançado em 1993, dirigido por Jonathan Demme (o mesmo
de “Silêncio dos Inocentes”), mostra o drama de Andrew Beckett (Hanks), um
advogado que é sabotado e mandado embora de seu emprego devido ao preconceito
de seus chefes ao suspeitarem que ele está com AIDS.
Beckett (Hanks) e Miller (Washington) |
No início do filme, vemos Andrew saudável, porém já começando
a apresentar os primeiros sintomas da doença, como manchas no corpo e dores de
barriga. Andrew opta por não se abrir com ninguém na empresa sobre sua
sexualidade e sua doença temendo pelo preconceito que as revelações trariam.
Durante um período de ausência de Andrew devido às complicações
em decorrência da doença, seus chefes forjam o desaparecimento de um arquivo
essencial de um processo e usam esse argumento para demitirem o rapaz.
Andrew e seu parceiro Miguel (Antonio Banderas) |
Andrew então sai em busca de um advogado para processar a
empresa, alegando que seus chefes lhe demitiram por ele ser gay e ter o vírus da
AIDS e não por ser irresponsável como os mesmos estavam alegando. Após o caso
ser recusado por nove advogados, Andrew encontra Joe Miller (Denzel Washington),
um advogado negro e homofóbico, que após alguma relutância acaba aceitando o
caso.
Daí por diante, a maior parte do filme segue no tribunal, com
os funcionários e gestores depondo, incluindo uma portadora do vírus HIV de uma
outra filial da empresa e claro o próprio Andrew, que chega a sair desmaiado de
uma das audiências, já extremamente debilitado pela doença. Algumas passagens
do julgamento são muito impactantes sempre com Joe encabeçando-as, como quando
ele interroga os gestores da empresa e os questiona se eles são gays e pede
algumas explicações como se ele tivesse 6 anos de idade. Mas a passagem mais
emocionante é definitivamente quando Joe pede que Andrew mostre seu tórax, onde
há marcas da doença.
Entre o julgamento vemos cenas de Joe conversando com sua
esposa sobre o caso; Andrew discutindo com seu parceiro Miguel (Antonio
Banderas) sobre pular o tratamento uma noite; além de todo o apoio da família
de Andrew para com a sua luta; e Andrew recitando a tradução de uma ópera para
Joe durante um ensaio para o interrogatório, numa das passagens mais
emocionantes do filme.
Pouco antes de falecer, Andrew vence o caso, com uma
indenização polpuda.
Dizem que Tom Hanks perdeu 20 quilos para interpretar Andrew no estágio avançado da doença |
Considerações Finais
O filme ganhou dois Oscar em 1994, um de melhor ator para Tom Hanks e outro de melhor canção original
por “Streets of Philadelphia”, do Bruce Springsteen e realmente trata-se de um
grande filme.
O mais estranho é que parece que o tempo esqueceu esse ótimo
filme, pois há quanto tempo não vemos o longa passando em tv aberta, ainda mais
se tratando de atuações fantásticas de Tom Hanks e Denzel Washington, dois dos
grandes atores da história do cinema do norte americano.
Além de possuir uma excelente história, Filadélfia é um filme
envolvente que te prende de uma forma comovente do início ao fim. Filmes assim
estão cada vez mais escassos hoje em dia.
David Oaski
Muito legal! Amei..
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