Jimmy Page completa hoje 69 anos. Esse genial guitar hero
britânico fundador de uma das maiores bandas de todos os tempos, o Led Zeppelin
e que brinda ouvidos há décadas com seu talento, habilidade e timbre único,
dignos do gênio que ele é.
Além de ser um dos guitarristas mais queridos do público de
rock, também é considerado pela crítica especializada um dos melhores no
instrumento das seis cordas em todos os tempos, comumente ficando somente atrás
de Jimi Hendrix e Eric Clapton, quando muito.
Page iniciou sua carreira como músico profissional no começo
da década de 60, participando de inúmeras gravações, sendo que apesar de algumas
controvérsias sobre a participação ou não do músico em algumas gravações, é
certo que ele colaborou com gente do calibre de Rolling Stones, The Who, The
Kinks e Eric Clapton, tendo participado de cerca de 60% (!) das gravações de
rock produzidas entre 1963 e 1966. Toda essa experiência como coadjuvante
serviu para que Jimmy acumulasse bagagem e para que atingisse o máximo do seu
potencial técnico e criativo nos anos seguintes.
Após essa fase, já cansado da rotina de músico de estúdio,
Page aceita um segundo convite para entrar para a banda The Yardbirds, que já
havia tido em sua formação Eric Clapton e contava com seu amigo Jeff Beck. Apesar
da formação cheia de talento, a banda nunca conseguiu grande repercussão
comercial e as divergências sobre os rumos sonoros do grupo ocasionaram seu
fim. Page então decidiu continuar com o nome da banda, incluindo apenas uma
palavra: The New Yardbirds.
Após algumas mudanças em sua formação, o New Yardbirds
encontrou a composição que seria a formação clássica do Led Zeppelin, com Page,
Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham. Já no primeiro ensaio, resolveram
desvincular-se do nome da antiga banda e batizaram com o nome clássico. A
química fluiu de imediato e a partir daí toda a experiência e talento de Page
encabeçariam de maneira genial as composições da banda.
Auxiliado pelos três excelentes e talentosos companheiros,
lançou nove álbuns de estúdio oficiais (sendo o último, “Coda” com sobras de
estúdio), incluindo os clássicos “Led Zeppelin IV” e “Physical Graffiti”, obras
primas do rock. Ao longo de dez anos, foram composições repletas de inspiração,
com boas doses de psicodelia em diversos momentos, com influências de blues,
rock, reggae, funk, música celta, erudita e tudo mais que pintasse na frente da
poderosa banda. Além dos discos, foram infinitas apresentações épicas, com
horas de duração e banda e plateia em total sintonia, gerando uma catarse única
com o poder das canções chapadas e viajantes da banda. A banda também possuía
toda uma áurea misteriosa em torno de si, já que haviam fortes rumores do
envolvimento de Page com magia negra, o que até certo ponto é verdade, já que
ele realmente demonstrava grande interesse pelo assunto na época.
A banda terminou em 1980, com a morte de John Bonham,
sufocado em seu próprio vômito após uma bebedeira. Os integrantes remanescentes
concluíram que seria impossível continuar com a banda sem um dos quatro
integrantes originais, o que se mostrou uma decisão acertada, pois além do
argumento ser verdadeiro, a banda já não se encontrava no auge criativo e com a
ascensão do movimento punk rock no final dos anos 70 não se sabe o que
aconteceria com a banda. Ou seja, eles pararam na hora certa.
Após o fim da banda, eles se reuniram ocasionalmente em
alguns eventos especiais, incluindo uma apresentação que virou DVD no final do
ano passado, gravado em 2007, na O2 Arena, em Londres, com Jason Bonham na
bateria (filho de John), mostrando que a mágica e a química entre os
integrantes sobreviveu intacta ao decorrer dos anos.
Nesse intervalo, Page se envolveu em alguns outros projetos,
como os supergrupos The Honeydrippers (formado por Plant com diversos músicos
convidados) e o The Firm (que tinha como vocalista, o brilhante Paul Rodgers,
ex Free e Bad Company). Além de um disco acústico Mtv ao lado de Robert Plant
nos anos 90.
Genial. Não há definição melhor para Jimmy Page. Esse cara
nos deixou uma herança eterna através da grande banda que formou, obras como “Stairway
to Heaven”, “Kashmir” e “Rock And Roll” rodearão para sempre a cultura pop
transformando a arte do Led Zeppelin e, principalmente de Page, em eterna.
Portanto, apesar dos 69 anos completos hoje, Jimmy Page e seu zepelim de chumbo
são eternos.
Parabéns Jimmy Page, não só pelo aniversário, mas também por
toda contribuição à cultura da nossa raça humana. Em nome de todas as pessoas
que se acalmam e mudam o estado de espírito ao ouvir um solo, um riff ou um
acorde seu que seja, eu o agradeço.
David Oaski
Page é grandioso. Vim um tempo atrás descobrindo muito mais que Stairway to heaven, que é épica, mas não é todo o Led Zeppelin, e é fantástico.
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